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Relatório revela gasto de mais de US$ 1 bilhão em games no mês de junho

A cada dia, só reforça cada vez mais o quanto a pandemia vem ajudando o mercado de games, apesar das dificuldades. Segundo o último relatório da NPD Group, os gastos com games atingiram US$ 1,2 bilhão em junho. Desde 2009, esse é o maior montante gasto em um mês de junho. 

Quando comparado com o ano passado, é possível analisar um crescimento de 26%, e muito se deve não só pelas consequências da pandemia, mas também aos jogadores americanos. Isso porque, esses dados representam só os gastos nos Estados Unidos. 

Mas não só em junho que os americanos surpreenderam. Só no primeiro semestre deste ano, os gamers dos EUA gastaram US$ 6,6 bilhões no total. O que equivale a 19% a mais quando comparado com o primeiro semestre de 2019. 

Em junho, o game mais vendido também foi o mais comentado: The Last Of Us Part II. No entanto, Animal Crossing: New Horizons e Ring Fit Adventure não ficaram muito atrás, já que também foram responsáveis pelo grande movimento financeiro das últimas semanas. 

Os dados também trazem números envolvendo gastos com hardwares e periféricos, além dos jogos. No cenário de hardwares, o Nintendo Switch foi o mais vendido, enquanto o Xbox Elite Series 2 Wireless Controller foi o periférico mais consumido durante junho.

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No momento, consultorias especializadas apontam que a quarentena pode contribuir para um aumento de 45% na receita dos games até o final de 2020. 

Tanto que, para este ano, a consultoria Newzoo prevê que a receita do mercado atinja US$ 159 bilhões. Como comparativo, no ano passado, os games geraram uma receita de US$ 109 bilhões, sendo US$ 64 bilhões só em jogos de smartphones. 

Games – e lucro – na palma da mão 

Para este ano, isso tende a repetir. Para a Newzoo, dos US$ 159 bilhões em receita, US$ 77 bilhões será só de games de celular, o que equivale a cerca de 48% da receita total. Enquanto isso, os consoles tendem a gerar US$ 45,2 bilhões e os computadores, US$ 36,9 bilhões.  

Tanto em 2019 quanto em 2020, os games mobile tiveram um crescimento significativo em suas vendas. Muito se deve não só à pandemia, mas também a facilidade de acesso e custo. 

De acordo com um relatório divulgado pelo GSMA em 2019, 67% da população mundial usa smartphone. Com isso, os jogos mobile tem a menor barreira de entrada entre os aparelhos de jogos. Além de muitos jogos serem gratuitos. 

“Hoje, você consegue ficar o dia inteiro conectado à internet pelo seu smartphone (…) Então facilita jogar por meio dele”, explica Dennis Ferreira, diretor da Razer Gold na América Latina. O mesmo pontua que a pandemia não uma causa isolada para esses dados. “Quando você junta todos esses fatores e mais o isolamento social, você tem a fome com a vontade de comer”, afirma. 

Nessa observação, entra a questão do custo. Além de milhares de opções gratuitas, o jogador também não fica com o cartão de crédito refém em uma plataforma. 

A diferença com PC e consoles só não ficou maior, porque ainda há uma busca constante de equipamentos, como fones e mouses. “Os volumes de vendas subiram muito, tanto em hardwares como na divisão de serviços de pagamentos. Foi muito acima do esperado”, conta.

A Newzoo completa a pesquisa apontando que o mercado de games pode ultrapassar US$ 200 bilhões em receita no final de 2023.

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