Massacre na Nova Zelândia

Massacre na Nova Zelândia reacende debate sobre a internet

Massacre na Nova Zelândia

O massacre na Nova Zelândia foi massivamente divulgado nas mídias mundiais. Porém o que mais chamou atenção, talvez, tenha sido o fato de tudo ter sido transmitido ao vivo. O que a internet poderia ter feito?

O mundo leu com horror que um massacre havia acontecido em mesquitas da Nova Zelândia. Os agressores – identificados por eles mesmos como pessoas de extrema direita contrárias à imigração – fizeram 50 vítimas fatais.

Além disso, o número de pessoas feridas foi 40, sendo que 20 estão em estado grave. Quatro pessoas foram presas.

O líder do grupo filmou tudo com uma câmera em seu capacete. O crime foi transmitido ao vivo pelo Facebook.

Transmissão Online e suas consequências

O assassino fez tudo o que estava ao seu alcance para que seu vídeo fosse viral. A live durou 17 minutos. Ele compartilhou o vídeo, usando tags com nomes como o do youtuber PewDiePie e do jogo Fortnite.

Além disso, ele liberou na internet um manifesto de 74 páginas sobre supremacia branca. Nele, ele usa memes, faz referência a outros ataques. Ou seja, tudo o que poderia conquistar outros supremacistas brancos.

Esses fatores combinados com a lentidão do Facebook em deletar o vídeo e a conta do assassino, criaram um caos. Vale lembrar que a live durou 17 minutos, portanto é justo dizer que a rede social foi muito lenta.

Isso possibilitou que downloads do vídeo fossem feitos, além de divulgados no próprio Facebook e em outras redes sociais. Só o Twitter já afirmou ter bloqueado mais de 1,2 milhões de cópias.

Assim, reacendeu-se a discussão sobre a regulamentação da internet. Muitos críticos estão argumentando que as redes sociais não têm a menor condição de se auto regulamentar.

Regulamentação da internet

O número de pessoas que defende a criação de leis e o controle da internet não é baixo. O próprio criador do World Wide Web, Tim Berners-Lee, acredita que isso seja necessário.

Em um manifesto pelos 30 anos de sua criação, ele escreveu que ela está muito perigosa. Esse tipo de argumento acaba sendo reforçado por situações como essa.

A primeira ministra da Nova Zelândia afirmou que as redes sociais deveriam ter políticas preventivas. E ela não foi a única. Muitas pessoas estão reclamando que os esforços das redes sociais estão muito baixos.

O YouTube foi um dos grandes criticados. Um dos argumento é o fato de que eles possuem algorítimos que detectam rapidamente a falha em direitos autorais. Porém, em um caso como esse não é assim.

Especialmente se o vídeo foi editado, ele só é derrubado pela ação de funcionários da empresa. Por isso, o trabalho acaba se tornando mais lento. Entretanto, além de permitir que o vídeo se espalhe mais, isso pode traumatizar os funcionários.

O fato de esse tipo de falha acontecer de forma repetida, torna a discussão cada vez mais acalorada. Por isso, no momento, espera-se que as redes sociais surjam com novidades tecnológicas para que esse tipo de transmissão não se repita.

Fontes: 1, 2 e 3

Thaís Dias

Diferentão Cultural

 

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