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Podcast se prova cada vez mais a nova voz da era digital

Há anos que o podcast vem ganhando espaço no dia a dia dos brasileiros. Desde 2004, quando a mídia nasceu no Brasil – e no mundo – o podcast vem devagarinho provando sua força. E hoje atinge patamares antes não imaginados – como ter sua definição explicada em pleno sábado à noite na Globo, por exemplo. 

No mundo, principalmente Estados Unidos, a mídia se consolidou de forma mais rápida e potente. Devido não só a tecnologia, mas pela própria confiança das empresas no potencial do podcast como ferramenta de comunicação. Tanto que a Audible, empresa de audiolivros da Amazon, adicionou 100 mil podcasts em sua plataforma. Com esse acréscimo, a plataforma conta com mais de 5 milhões de episódios, segundo o TechCrunch

Aqui no Brasil, o Spotify vem se tornando, de vez, a plataforma principal para os podcasts. Apesar do país ainda contar com diversos agregadores, o Spotify anda investindo muito para se tornar a casa dos programas. Em 2018, por exemplo, a empresa espalhou banners e cartazes pela cidade de São Paulo para divulgar os principais podcasts do Brasil, como Nerdcast e Mamilos

Em 2020, a empresa vem produzindo podcasts exclusivos da plataforma, como os da “família” Não Salvo, e recentemente anunciado, do MRG (Matando Robôs Gigantes). O que só refletiu na força da mídia no país.

Tanto que, de acordo com uma pesquisa da Podcast Stats Soundbites, o Brasil é o segundo país que mais consome podcast no mundo. Estados Unidos ainda se mantém em primeiro. 

 

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Amor à primeira ouvida 

A partir do lançamento do podcast Digital Minds, do Danilo Medeiros, em 2004, o brasileiro se apaixonou pela mídia. Desde então o número de programas e episódios só cresceu. Inclusive, o podcast mais antigo do país que continua ativo é o próprio Nerdcast, que foi lançado em 2006, e atinge uma média de 1 milhão de downloads por episódio

Em novembro de 2019, o podcast do site Nerdbunker chegou a um bilhão de downloads, tornando-se o terceiro podcast do mundo a atingir essa marca. Apesar de ser um dos mais populares, não é o único podcast de destaque no país. 

No ano de 2018, por exemplo, o jornal Folha de São Paulo lançou uma série de podcast sobre os presidentes brasileiros. Com isso, a mídia também ganhou a atenção de outras grande empresas, principalmente do Grupo Globo, que desde 2018 vem investindo forte. 

O sucesso se prova no fato de que, em 2020, a produção de novos podcasts cresceu 103% no país, de acordo com a Voxnest, no seu estudo State of the Podcast Universe

Esse crescimento não é para menos, já que a mídia se prova cada vez mais eficaz quando o assunto é engajamento. Tanto que muitos produtores hoje vivem da mídia. E muitas marcas vem adotando em suas empresas também, seja com programas para comunicação interna ou para o público em geral

A 99, por exemplo, hoje conta com o Papo de Motora, como uma maneira de se comunicar diretamente com seus motoristas. Ifood, Itaú, Natura e Estadão são alguns exemplos de grandes empresas que apostaram na mídia. 

 

O futuro (é) do podcast 

Ainda que a mídia demonstre cada dia mais força, a pandemia do coronavírus deu uma freada no crescimento. Muito pelo fato dos podcasts serem consumidos durante o trajeto até o trabalho ou atividades físicas. A própria Podrac, empresa responsável por rastrear classificações de mais de 500 podcasts americanos, mostrou isso. 

O mercado atingiu picos de crescimento de 20% no número de ouvintes a cada mês durante 2019. Este ano, por sua vez, caiu para quase 0%. Muito pelo redução do deslocamento na rua. 

No entanto, o público, da mesma forma que os produtores, adaptaram-se para continuar escutando seus podcasts favoritos, mesmo dentro de casa. Com isso, o próprio mercado de produção mudou a sua forma de trabalhar.

Se muitos podcasts vinham produzindo conteúdos cada vez mais complexos, que exijam o uso de fone de ouvido, agora precisam pensar no ouvinte que está em casa, ouvindo direto da caixa de som. E com mais pessoas, e não mais individualmente. 

Neste ponto, a mídia pode passar por uma reestruturação e uma nova experiência. Isso porque a força do podcast se provou muito na sua capacidade do engajamento, justamente por ser uma comunicação direta com o ouvinte. Por ser um conteúdo que atinge consumidor de forma individual, o impacto é muito mais forte. Mas pode trazer mudanças por conta da pandemia.

A primeira mudança foi na própria economia, o que traz o Spotify de volta ao tema. Como muitos programas dependem de patrocínio direto, diversos podcasts passaram por dificuldades, justamente pelas empresas que investem nos programas, também passarem por dificuldades. Assim, o Spotify se tornou a “salvação” para muitos. 

Com alcance de mais de 299 milhões de usuários no mundo e 138 milhões de assinantes Premium, a plataforma auxiliou na popularização do podcast. 

Com essa entrada, o podcast pode passar a chamar cada vez mais atenção também de outras grandes empresas. E assim, tornar todo ano, o ano do podcast. 

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