Startups de logística

Startups de logística crescem na contramão do crescimento baixo da economia

Cenário desfavorável não impediu logtechs (startups de logística) de gerarem lucro e empregos.

A década de 2010 não foi das melhores para a economia brasileira.

Segundo o ex-secretário de Política Econômica e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Roberto Macedo, o Produto Interno Bruto (PIB) teve uma variação média de crescimento de apenas 1,39% entre 2010 e 2019.

Em fevereiro de 2020, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial brasileira recuou 1,1% no ano passado e fechou no negativo.

Apesar do cenário desfavorável, alguns segmentos de negócio conseguiram não apenas se manter, mas expandir.

Um deles é o setor de logística, que vem investindo em tecnologia para se reinventar, especialmente com a criação de startups, também chamadas de Logtechs, como a Motoboy.com.

Criada em 2013 por Jonathan Pirovano e Rafael Perboni, a plataforma de entregas ultrarrápidas soma números expressivos: mais de 130 mil usuários cadastrados; cerca de R$ 1,5 milhão em aceleração e investimentos recebidos de organizações como Bossa Nova, Banco BMG e CNT; e mais de 33 mil coletas e entregas por mês em todo o Brasil.

Segundo Pirovano, CEO da startup, “as logtechs formam um mercado com alto potencial, que ainda está em estágio inicial no Brasil, e que irá crescer muito na próxima década”.

Essa tendência foi confirmada pelo Panorama dos Transportes de Cargas no Brasil, que constatou, em estudo, que a tecnologia deve dominar os aportes em logística no Brasil ao longo dos próximos anos.

A transformação no meio logístico nacional já está em andamento. Prova disso é ver como os aplicativos de delivery fazem parte da rotina de pessoas e empresas, especialmente em grandes centros urbanos.

“Na Motoboy.com, por exemplo, possibilitamos que qualquer empresa possa oferecer aos clientes a opção de receber suas compras em até 2 horas.

Isso impacta imensamente os negócios, pois reduz barreiras e amplia as possibilidades para corporações atenderem seus clientes com menos custos e mais conveniência”.

Startups de logística: Desafios para crescer

Conforme pesquisa do Banco Mundial avaliando países conforme seus níveis de infraestrutura, os primeiros 10 lugares do ranking também são as principais economias do planeta, como a Alemanha – apontada como líder no estudo.

O Brasil aparece na 56ª posição. 

Será necessário investimentos em infraestrutura e deixar a inovação acontecer”, avalia Pirovano.

Há muito para crescer, especialmente se considerar que setores como o e-commerce ainda são uma fração do potencial de mercado, comparado com o que representam esses mesmos setores em outros países”, aponta o CEO.

Convidada: Letícia Lichacovski Madalozzo 

Capa Pixabay

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