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TikTok: Investidores americanos pretendem comprar participação do app

A The Information divulgou na última quarta (22) um novo relatório que aponta o desejo de alguns investidores americanos em comprar uma participação do TikTok. Apesar das polêmicas em torno do app, sua popularidade entre os usuários é inquestionável. 

O grupo, que inclui a General Atlantic e a Sequoia Capital, vai analisar e discutir com as principais autoridades da ByteDance chinesa sobre a compra. O que agrada a companhia. Já que um relatório anterior mostrou que o fundador e CEO da Bytedance, Zhang Yiming, afirmou não ser contrário à venda.

Apesar do empenho dos investidores, é um momento complexo para a realização de um acordo. Tanto que, no último final de semana, a campanha eleitoral do atual presidente, Donald Trump, sugeriu que o TikTok estava “espionando” usuários americanos. O que atingiu muito a relação não só do mercado, mas também entre os próprios usuários. 

Ainda assim, pessoas envolvidas no processo acreditam ser uma oportunidade de amenizar as complicações. “Não comentamos rumores ou especulações. Estamos muito confiantes no sucesso a longo prazo do TikTok. E tornaremos nossos planos públicos quando tivermos algo a anunciar”, explica o TikTok. 

O objetivo é que, com a compra, a empresa dona do TikTok mantenha o app em parceria com o Doyuin, outro app da companhia chinesa. A parceria manteria uma participação minoritária nos negócios internacionais. 

TikTok e a treta entre EUA e China 

Não que a relação entre Estados Unidos e China seja saudável, mas parece cada vez pior. Ainda mais quando o assunto é o app do momento, já que tanto EUA quanto Austrália vêm avaliando a proibição do app nas lojas de aplicativos. Atitude que a Índia já tomou recentemente. 

Enquanto na Índia o motivo foi relacionado ao conteúdo em si, a discussão nos EUA se deve a coleta de dados. Atualmente, o TikTok coleta muitos dados sobre seus usuários, como quais vídeos são assistidos e comentados, dados de localização, modelo do aparelhos e até o ritmo de digitação dos usuários.  

Toda essa coleta gerou dúvidas, ainda mais depois de ser revelado sobre o app ler, regularmente, o conteúdo copiado e colado dos usuários. Mesmo que outros apps também terem sido acusados de tomar atitudes parecidas, o órgão de vigilância da privacidade, Information Commissioner’s Office, começou a investigar o app chinês. 

Ainda assim, o TikTok afirma que os dados são coletados e armazenados fora da China. “A insinuação de que estamos de alguma forma sob o controle do governo chinês é completa e totalmente falsa”. É o que afirmou Theo Bertram, chefe de políticas públicas da TikTok para a Europa, Oriente Médio e África, à BBC.

Outro ponto discutido é referente à política. Em 2019, o The Guardian revelou que os sistemas automatizados do aplicativo haviam aplicado regras de moderação que censuravam material “politicamente sensível”.

Por mais que a ByteDance tenha afirmado que esse tipo de diretriz foi extinta, muitos argumentam que a cultura de moderação do país pode ser tendenciosa ao governo. 

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