Há tempos o Facebook vem enfrentando polêmicas. A rede social agora está novamente nos holofotes depois de mais uma grande marca retirar seus anúncios e conteúdos da rede: PlayStation.
A Sony, empresa dona do PlayStation, não só cancelou o contrato com divulgação de anúncios, como tudo relacionado aos seus games. Ou seja, isso significa que os usuários não podem mais vincular sua conta do Facebook no console. Com isso, a transmissão e compartilhamento de conteúdos relacionados ao PlayStation não podem mais ser publicados.
A escolha da Sony afeta não só os usuários, como também os próprios produtores de conteúdo do Facebook Gaming. Porém, a decisão de retirar os anúncios do PlayStation do Facebook tem um motivo maior.
O PlayStation é só um nome entre as mais de 300 marcas que fizeram um boicote publicitário contra o Facebook. “Como apoio à campanha #StopHateForProfit, nós vamos suspender globalmente nossas atividades no Facebook e Instagram (…) Caminhamos para trabalhar (e jogar) juntos pelo bem”, comunicou a empresa.
O movimento das marcas tem o objetivo de forçar o Facebook para criar novas políticas sobre como a rede trata discurso de ódio e desinformação. “Eles fecharam os olhos à flagrante supressão de eleitores em sua plataforma (…) Vamos enviar uma mensagem poderosa ao Facebook: seus lucros nunca valerão a pena promover ódio, fanatismo, racismo, anti-semitismo e violência”, explica o site da campanha.
PlayStation mais um contra o Facebook
Todo o boicote – que conta não só com o PlayStation, como também Pfizer e Starbucks – é com a intenção de pedir mudanças. O primeiro ponto é que seja criada uma posição C-Level na empresa. Essa posição é para colocar uma pessoa especializada em direitos civis para atuar na elaboração e revisão dessas novas políticas.
Um outro ponto importante da campanha são avaliações constantes de discursos feitos por grupos independentes. E também reembolso financeiro de anunciantes que tiverem alguma publicidade perto de conteúdos nocivos.
Diante desses objetivos, o projeto também recomenda a remoção sumária de grupos públicos e privados com promoções de conteúdos de supremacia branca, milícias armadas/digitais, conspirações violentas ou falsas e negacionismo.
Ainda que o planejamento das marcas tenha um foco de dano, ainda é discutido sobre a eficiência. A CNN apontou que só 25 das grandes anunciantes removeram a publicidade do Facebook.
Mesmo assim, a companhia já vem tomando ações para tentar contornar os boicotes. No mês passado, a companhia anunciou que ia rotular postagens com conteúdos já verificados como falsos. E também passaram a informar os usuários que compartilham conteúdos antigos dentro de um contexto diferente do original.