Mercado

Como está a situação do mercado com o Coronavírus?

Na última quinta (26), a OMS divulgou novas atualizações referentes a pandemia do Covid-19, o que chamou ainda mais a atenção do mercado. Segundo a Organização, o vírus já causou mais de 20 mil mortes em todo o mundo e já são mais de 462 mil casos confirmados. 

Consequentemente, os números causam chamam a atenção de líderes e empresas, que passam a tomar atitudes para arrumar o mercado. Na Índia, por exemplo, o país decretou quarentena total de 21 dias. Empresas também passam a construir ações que auxiliam no combate ao Coronavírus. 

A Intel – uma das maiores empresas de tecnologia – destinou US$ 4 milhões para ações de ajuda humanitária. Não só isso. A cada doação feita por um dos funcionários da Fundação Intel, a empresa fará uma doação extra, de mesmo valor, até chegar em US$ 2 milhões. 

Esse valor extra será também usado em ações de ajudas humanitárias em locais de forte atuação da empresa.

A companhia também identificou organizações próximas às unidades da empresa também envolvidas na ação. Com isso, houve uma união com bancos de alimentos, distritos escolares e hospitais infantis. 

O objetivo é não só melhorar a vida das pessoas, como também apoiar comunidades em momentos de crise global e desastres naturais. A doação será distribuída a governos locais e organizações comunitárias focadas em ações de segurança alimentar, abrigo, equipamentos médicos e apoio a pequenos negócios. 

Nos Estados Unidos, alguns estados já iniciaram com a ação. Outros países como Costa Rica, Índia, Irlanda, Israel, Malásia, México e Vietnã também se envolveram. 

A situação do setor aéreo 

Dentre as áreas que mais estão passando sufoco com a evolução do vírus é o setor aéreo. Com cancelamento de voos e fechamento de fronteiras, o setor vem enfrentando uma crise problemática. 

Isso porque a paralisação de aeroportos não prejudica só nesse fator. Mas também outros serviços, como agências de turismo, empresas de alimentação, comissariado e as fabricantes de aeronave. Com todo esse cenário, algumas autoridades começaram a se posicionar. 

A CAPA Centre for Aviation prevê um cenário não muito bom para o futuro da área. “Até o final de maio de 2020, a maioria das companhias aéreas do mundo será falida”, explica. A partir disso, exigiu uma ação coordenada do governo e também da indústria para evitar que essa previsão se torne realidade. 

A IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) já estima um prejuízo de cerca de US$ 113 bilhões só em receita. 

E no Brasil, as previsões também não são nada positivas. Por sua vez, David Neeleman, presidente do conselho de administração e cofundador da Azul, passou a agir de maneira mais positiva. “Nosso CEO [John Rodgerson] está fazendo um trabalho gigante para alcançar esse objetivo. A crise vai passar para nós. Nas atuais circunstâncias, conseguiríamos seguir por muito tempo. Temos muito caixa e muitos sócios que estão ajudando”, declarou em entrevista à CNN

Ainda assim, investidores não estão tão otimistas. Ainda mais depois que a empresa perdeu 82% do seu valor de mercado. Situação que as concorrentes também estão enfrentando. A LATAM, por exemplo, registrou uma de 47% e a GOL, 65%. 

Com a intenção de amenizar a situação, companhias brasileiras já estão garantindo reembolsos para voos destinados aos locais mais prejudicados pelo Corona, como Espanha e Itália. Ainda assim, não vai ser o suficiente. 

Para tentar ajudar ainda mais, o Governo Federal lançou três iniciativas por meio de Medida Provisória e Decreto. São elas: 

  • Postergação do reconhecimento de tarifas de navegação aérea;
  • Adiamento do pagamento das outorgas aeroportuárias sem cobrança de multas; 
  • Prorrogação das obrigações de reembolso das empresas aéreas. 

No entanto, ainda não ficou claro como será ajuda para outras áreas do setor.

Impactos no e-commerce 

Com toda a mudança de hábitos nos consumidores, é previsto um impacto grandioso nas áreas do comércio. Principalmente físico. No entanto, as compras online podem apresentar um crescimento de 25%, de acordo com um relatório da McKinsey & Company

Para a Intelipost, empresa focada em tecnologia inteligente para logística, já está percebendo essa mudança. Segundo um estudo feito pela empresa, teve um crescimento de 37% no número de pedidos em 2020, comparado com o mesmo período no ano passado. 

Dentre os setores que mais crescem na área estão Alimentos e Bebidas (30,6%) e Saúde, Cosméticos e Cuidados (55,4%). Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro foram o que mais ajudaram nesse crescimento. Os dois tiveram um incremento de 32% e 52%, respectivamente. 

Em uma conversa com outras 15 empresas, a Intelipost passou a entender melhor as dificuldades que as empresas estão passando. Dentre as principais estão as mudanças de trabalho, passando para o remoto, além da redução da quantidade de funcionários, manutenção de temperaturas e higienização do ambiente de trabalho. 

Quanto ao futuro, algumas empresas já esperam uma queda de receita. Tanto que cogitam suspender suas operações temporariamente. Neste ponto, o e-commerce vem mostrando o valor da sua conveniência. 

FONTES

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