2020

As principais tendências tecnológicas para 2020

2019 está chegando ao fim, significa então que já está na hora de falar o que vem por aí em 2020. No âmbito tecnológico, muito se espera de grandes evoluções, principalmente graças aos avanços que a tecnologia vem passando. Evoluções essas que podem influenciar no cenário social e do trabalho.

Confira sete novidades que podem chamar a atenção na área tecnológica em 2020. 

Assistentes virtuais e de voz 

Apesar de já ser uma área relativamente estabelecida, espera-se mais inovações no próximo ano. De acordo com um relatório do Gartner, 40% das aplicações de assistentes virtuais por bots devem ser abandonadas até 2020. 

Para Daniel Domeneghetti, CEO da Dom Strategy Partners, é preciso um melhor desenvolvimento dos bots para resultar em uma comunicação mais fluída e menos robótica. Quanto a qualidade da tecnologia, é inevitável dizer que é um mercado promissor. A consultoria Forrester apresentou que, até 2022, as interações de consumo serão realizadas mais entre pessoas e robôs, do que só entre pessoas.

Para atingir esta realidade, ainda é preciso resolver o principal empecilho da tecnologia: a própria comunicação. Ainda há muita impessoalidade nas conversas, com muito menos interação. “A questão humana do contexto ainda é muito importante. Para construir sistemas eficientes em dados, é preciso ter a relação humana e ela não pode ser replicada pela máquina”, observou Domeneghetti.

A fala do CEO demonstra o motivo pelo qual as empresas ainda não dispensaram o atendimento híbrido. Porém, os primeiros passos podem ser dados a partir do próximo mês.

Personalização

Já é plano de algumas empresas moldarem o mundo ao redor das pessoas e escolherem os momentos certos para a oferta de produtos e serviços. Pelo menos é o que mostra o relatório da Accenture, A Era Pós-Digital Chegou – Você está preparado para o que vem por aí?. A Zozotown – maior empresa de e-commerce do Japão – é um exemplo disso. A empresa envia roupas sob medida para os clientes em apenas dez dias. O mesmo acontece com a Gillette que entrega lâminas customizadas aos clientes. 

O universo pós-digital é um dos pilares para a área ganhar forças nas empresas. Um ponto fundamental desse crescimento está também nos jogos eletrônicos. Games como Fortnite se sustentam financeiramente graças a customização de seus personagens – já que o game é distribuído gratuitamente. A oportunidade de ter algo único é o que ganha a atenção do público. 

Para o diretor-geral de Estratégia de Tecnologia da Accenture, Fábio Sartori, todo mundo quer ser tratado de forma personalizada. E que, para ele, é um momento para empresas conversarem e oferecem serviços e produtos diferenciados. No entanto, o sucesso das empresas com esse segmento acaba criando a ilusão de que qualquer empresa com o mesmo serviço pode atender qualquer necessidade. 

Nuvem distribuída 

A tecnologia da nuvem já é uma inovação por si só. A segurança dada pelo serviço conquista o consumidor que visa um local para “guardar” suas propriedades digitais. O ponto futuro, então, é distribuí-la. 

Este novo passo consiste na distribuição de serviços públicos de nuvem para diferentes locais, enquanto o provedor de origem é o responsável pela operação, governança, atualizações e evolução dos serviços. 

Por mais que pareça uma mudança simples, é inovadora por representar uma atualização significativa do modelo centralizado dos serviços públicos de nuvem. E este novo passo pode levar a uma nova era do chamado cloud computing.

Multiexperiência 

A grande busca do público atual é a experiência. A proposta futura é tornar essa experiência algo que vai alterar a maneira como as pessoas percebem e interagem com o mundo digital. De acordo com a consultoria Gartner, plataformas de conversação – como mostrado anteriormente – já estão em busca de uma mudança na interação.

Realidade virtual, realidade aumentada e a mista (mistura de RV e RA) são os primeiros pontos dessa mudança na percepção do mundo digital. Apesar de realidades ainda limitadas para os consumidores em geral, há planejamentos para futuras inovações. “Essa capacidade de se comunicar com os usuários por meio de muitos sentidos humanos, fornecerá um ambiente mais rico para o fornecimento de informações diferenciadas”, explicou Brian Burke, VP de pesquisas do Gartner. 

Com estas inovações de combinação dos modelos de percepção e interação, tem a tendência de levar à futura experiência multissensorial e multimodal. 

Computação quântica 

Por ser um dispositivo de execução de cálculos por uso direto de propriedades quânticas – como sobreposição e interferência – torna-se um desejo das empresas. Segundo estimativas da Gartner, serão entre cinco e dez anos para a tecnologia entrar na fase de uso produtivo nos negócios. E 2020 já é um primeiro passo para a ferramenta ganhar mais destaques. 

Com a popularidade do serviço no mercado, vai tornar mais fácil gerar simulações complexas e até resolver questões probabilísticas. Para exemplificar que os primeiros passos estão sendo dados, a IBM anunciou o primeiro computador quântico comercial neste ano, ainda que o mesmo seja um protótipo. “É inexorável que essa tecnologia será abrangente. A questão agora é: quem será o primeiro a dar esse passo?”, questionou Fábio Sartori, executivo da Accenture. 

Além da IBM, empresas como Google, Microsoft e Alibaba também estão na corrida. Tanto que, em 2015, as companhias contrataram um Laboratório de Computação Quântica para realizar estudos de como utilizar a tecnologia na área de e-commerce. 

A-commerce 

Quanto às vendas e compras online, espera-se que o comércio automatizado facilite o trabalho de quem é profissional na área. Isso porque a tecnologia vai permitir que, a partir do uso de tecnologias automatizadas, o tempo de dedicação para questões mais estratégicas seja maior.

“Essa tendência permite que eles [os profissionais] foquem mais esforços inovativos, novos modelos de negócio e em como surpreender os clientes”, explicou Sartori. O uso do histórico do cliente para oferecer um sorting inteligente de produtos é um exemplo disso.

“Por que não automatizar processos já comuns para o cliente? Por exemplo, se ele comprar todo mês uma ração e o assistente virtual do cliente já sabe disso, por que não já oferecer novas opções, verificar a satisfação e coletar outras métricas?”, questionou Felipe Catharino, sócio-líder do segmento de Tecnologia da KPMG. Nesse segmento, ele defende o poder de escolha não dito. 

5G

A espera pela promessa da internet móvel mais potente até então está quase acabando. Por mais que diversas análises garantiam a estabilização da tecnologia em 2019, parece que 2020 será o verdadeiro ano do 5G. Será?

A dúvida existe principalmente depois que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) anunciou que o leilão das frequências de canais para o 5G passou para 2021. O adiamento aconteceu por conta de discussões dos conselheiros sobre tópicos que são essenciais para o formato do leilão. No entanto, ainda há pontos positivos a serem considerados, como foi apresentado pelo Computerworld

Apesar de não ser uma garantia já para 2020, o relatório da Associação Global de Operadoras Móveis (GSMA) mostrou que o Brasil será um importante player na adoção da tecnologia. De acordo com os dados, é previsto que 11% dos acessos de telefonia móvel será feita no 5G até 2025. O jeito,então, é esperar. 

FONTES

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