No final do mês de Dezembro de 2021, a compra do Cruzeiro pelo ex-jogador de futebol Ronaldo Nazário, mais conhecido como Ronaldo Fenômeno, tomou as manchetes do país. Pouco se fala sobre o modelo clube-empresa aqui no Brasil, mas a nova tendência deve crescer no país. Já bastante disseminado Europa afora, alguns clubes europeus como Bayer Leverkusen, RB Leipezig, Wolfsburg e Arsenal, possuem um único dono.
Aqui no Brasil, o Cruzeiro tornou-se o primeiro time a adotar o modelo. O clube mineiro vendeu 90% de suas ações ao ex-atacante Ronaldo em uma negociação de R$ 400 milhões. Atualmente, diversos times estudam adotar o formato de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para atrair investidores. Isso agora é possível, pois em Agosto de 2021 foi sancionada a Lei do Clube-empresa que simplifica a transformação dos clubes associativos em empresas no país.
Além disso, existem outros dois clubes nos moldes de clube-empresa. Porém, com estruturas diferentes da SAF, o Cuiabá e o Red Bull Bragantino.

Em 2019, a multinacional de bebidas energéticas fez um aporte de 50 milhões para a compra do clube paulista Bragantino, tendo todos os títulos de sócios adquiridos. Já o Cuiabá, foi adquirido pelo Grupo Dresch, proprietário da Drebor Borrachas Ltda, principal patrocinadora do time desde a sua criação.
Mas o que são clube-empresa?
Clube-empresa é um clube esportivo que ao invés de ser constituído juridicamente como uma associação civil sem fins lucrativos, vai na contramão disso. Dessa forma, um clube-empresa é constituído por uma empresa criada com o objetivo de lucro a partir dos esportes. O modelo ainda iniciante na América Latina, é bastante comum no esporte estadunidense e em muitos países da Europa.
Como funciona um clube-empresa?
Existem três modelos de gestão. Usado em pequenos clubes da Europa, o primeiro deles aposta na compra de jogadores jovens em suas formações, com o objetivo de serem vendidos e terem o retorno em lucros.
Já o segundo modelo olha o clube como um negócio. Dessa forma, o investidor compra as ações, melhora toda a estrutura, transforma em um time competitivo e vende a sua participação no futuro.
Por fim, existe um terceiro modelo, em que algum bilionário compra uma equipe. Neste caso, a ideia dos donos é melhorar as suas imagens perante o mundo e claro, ter sucesso esportivo.
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