Depois de cinco anos após saírem da Meta, Kevin Systrom e Mike Krieger, os criadores do Instagram, lançado uma nova rede social: o Artifact.
O aplicativo foi anunciado no mês passado e estava disponível apenas para norte americanos. Para testar era preciso entrar em uma lista de espera, que incluía cerca de 160.000 inscrições. Mas, agora pode ser usado por usuários de todo o mundo que tenham acesso aos sistemas Android e iOS.
O que é o Artifact?
Hoje, a Artifact seleciona notícias de sites de alta qualidade em todas as categorias que atendem a certos critérios de integridade, como verificação de fatos e processo de correções e transparência em relação ao financiamento, além de outros fatores.
Quanto mais você interage com o app, ele aprende quais notícias específicas são de seu interesse, avaliando cliques, tempo de permanência, tempo de leitura e outros sinais, como exemplo, se você compartilhou o feed com amigos.
Para o lançamento, novos recursos foram adicionados e destacados em um vídeo postado por Systrom.
It's not a launch without a little sizzle reel 🌶 Come join us in @ARTIFACT_News ! pic.twitter.com/QrdXctfNl1
— Kevin Systrom (@kevin) February 22, 2023
Nesta versão, os usuários podem se aprofundar nas configurações para gerenciar seus interesses, bloqueando ou pausando editores ou selecionando e desmarcando categorias de interesse geral.
Embora possa ser comparado ao já falecido Google Reader, uma analogia mais precisa para compreender as intenções dos criadores do Artifact é considerá-lo como uma espécie de “TikTok dos textos”.
A rede surpreendeu o mercado
O novo aplicativo dos fundadores do Instagram foi uma surpresa, principalmente pelas dificuldades de lançar um newsreader. Já que teria que competir com gigantes da tecnologia, como o Google News, Apple News, e claro, o próprio feed de notícias da Meta.
Hoje, de acordo com dados da Pew Research, cerca de um terço dos adultos norte-americanos recebem suas notícias regularmente do Facebook. Representando um desafio para qualquer nova startup no mercado de notícias.
Systrom argumenta que, embora o Artifact tenha semelhanças com outros leitores de notícias personalizados, aqui o “diabo está nos detalhes”.
Ele acredita que a plataforma se diferencia pela forma como estão aproveitando o que está por baixo do capô. Além disso, compara essa oportunidade com a fundação do Instagram, observando que já havia outros aplicativos de compartilhamento de imagens disponíveis quando surgiu.
Nova fase das redes sociais
As redes sociais em geral passaram por uma mudança de paradigma com os algoritmos. Se antes o conteúdo visto era aquele compartilhado por amigos, agora ele passou a ser formado por aquilo que o próprio usuário busca, ao acessar certos temas e seguir perfis específicos, disse Systrom ao The Verge.
Essa fala condiz com o que vemos nos novos recursos, nas movimentações feitas pelas redes sociais e até ao caos que ocorre dentro do Twitter.
Dito isso, talvez a Artifact tenha sido lançada no momento certo. Mas para se manter entre as grandes plataforma é necessário juntar peças o suficiente para criar uma rede com diferenciais sólidos que atraiam usuários a adotarem o app.
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Por ora, você vai encontrar apenas veículos internacionais disponíveis no Artifact, e a configuração de texto está apenas em inglês.
Mas, a empresa promete trazer novidades em breve!
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