Umbô

Umbô | Negócios em Alta

Nossa entrevista de hoje foi respondida pela Elena Senik, fundadora da Umbô. Essa startup de São Paulo é uma solução para organizações que cuidam do público em locais físicos.

1 – O que é a Umbô e como surgiu a ideia?

A Umbô é uma startup de robótica de atendimento ao consumidor. Comercializamos robôs físicos capazes de atender pessoas em diversas situações.

Robôs são capazes de:

  • interagir por meio da fala;
  • reconhecer pessoas;
  • integrar-se com sistemas e aparelhos externos;
  • mover-se autonomamente pelo espaço.

Além disso, eles são altamente personalizáveis — de maneira que seu uso é extremamente flexível. Por isso, ele podem atingir os objetivos estabelecidos por cada negócio.

A ideia surgiu a partir da percepção de que turnover e absenteísmo são tradicionalmente altos na área de atendimento e promoção. Além disso, há também o desafio por parte de grandes redes de buscar novas formas de engajamento e fidelização — no meio de uma competição cada vez mais acirrada no mundo digital e de apps. Acreditamos que esses problemas e desafios poderiam ser solucionados com uso de inteligência artificial física e emotiva dos nossos robôs.

2 – Qual foi o primeiro passo para tirar a ideia do papel?

O primeiro passo para realizar o projeto foi validação da ideia robótica do serviço junto aos potenciais clientes e com a ajuda de uma empresa especializada em GTM.

Confirmado o leque quase ilimitado de possibilidades e potenciais aplicações, calculamos o ROI dos robôs para os nossos potenciais clientes. Quando tínhamos números aparentemente defensáveis e o resultado de pesquisa GTM, partimos para parte técnica-burocrática. A partir daí escolhemos fornecedor, quantidade e configurações dos robôs, importação, contratação da equipe de desenvolvimento local.

A robótica de serviço é uma área muito nova. Por isso, ainda são poucos os fabricantes de robôs físicos com tecnologia capaz de atender pessoas — Promobot é uma das pioneiras nessa área.

Após a importação, o time de desenvolvimento, UX e os criativos trabalharam a base cognitiva dos robôs, que ficou completamente adaptada para a cultura local.

Por último, foram desenvolvidos testes da utilidade e eficiência do robô participando de ocasiões com contato com um grande número de pessoas. Por exemplo, em eventos comerciais com grande público.

3 – Qual o momento de sua startup?

A startup está em operação, com produto comercializável na mão.

Já validamos o produto e garantimos a sobrevivência do projeto por meio de oferta de aluguel para feiras e eventos. No momento estamos buscando ativamente os projetos-pilotos escaláveis (tais quais, tendo uma máquina treinada num local e comprovados os seus KPIs para aquele negócio, poderão ser escalados para compra e instalação de várias unidades de equipamento nos outros locais do negócio).

Os principais parceiros são desenvolvedores para criação de aplicações específicas a base de plataforma open-source do robô.

4 – Como enxerga sua startup em 02 anos? Tem potencial de crescimento?

Acreditamos que o mercado de robótica de atendimento ao consumidor — que está no momento no seu estado embrionário — tem grande futuro. Por enquanto, o momento é de teste. Tanto as empresas que oferecem os robôs-atendentes físicos, quanto os clientes estão testando os limites e aplicações, além de estarem aprendendo a tirar o proveito da tecnologia.

Em 2 anos esperamos ter passado o período de curva de aprendizagem e de aceitação da nossa proposta. Queremos crescimento acelerado de implementações customizadas escaláveis.

5 – Por que escolheu o mercado no qual está inserido?

A robótica e IA é um interesse antigo de todo o time. Vendo que fora já existem implementações práticas e monetizáveis, ficamos animados de participar da formação. Além de sermos pioneiros no país desse campo tão inovador e revolucionário para a sociedade.

6 – Qual é seu modelo de negócios?

No momento trabalhamos com aluguel de robôs interativos para feiras e eventos.

Para os projetos escaláveis para redes com pontos físicos de atendimento, embora não tenhamos ainda projetos desse tipo, pretendemos oferecer leasing operacional dos equipamentos: sendo máquinas complexas e ainda sem serviço de suporte amplo no país. A venda comum exigiria trazer para o negócio do cliente a parte “robótica” que não é o core business dele.

A tarefa da Umbô em ambos os casos é de orientar o cliente. Ajudamos nos pontos de implementação, possibilidades, restrições e configurações necessárias. Além de dar suporte, tanto na parte técnica, quanto na parte de integrações, UX e conteúdo.

7 – O mercado que atua possui diversos concorrentes, qual seu diferencial?

Combinamos a criatividade das jovens startups com experiência de mais de 10 anos na consultoria de gestão e de passagem por grandes empresas. Isso possibilitou conhecer bem os pontos de dor dos nossos potenciais clientes.

Um robô-atendente é um equipamento complexo, não é um produto de caixa que já vem pronto. Portanto, ele sempre precisará ser customizado para refletir exatamente o que é a empresa em que trabalha. Pensamos no nosso produto como parte de processo do cliente a médio-longo prazo e não como apenas um “oba-oba” para fazer unboxing e maravilhar todo mundo.

O equipamento que trabalhamos tem vários diferenciais no seu design que está sendo copiado pela concorrência. Nosso parceiro – Promobot – está na liderança do mercado. Ou seja, trabalhamos com equipamento-líder da tecnologia de atendimento físico robotizado.

8 – Por que decidiu empreender?

Porque quis trabalhar com robôs-atendentes e, portanto, estar na frente de formação de um novo mercado no “mundo do futuro”. Enquanto ninguém acreditava que isso já existe e funciona, eu tinha que ir e fazer. Simples assim.

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*O conteúdo do Startup da Vez é publicado pelo StartupsStars sem qualquer alteração nas respostas fornecidas pelas startups participantes e de exclusiva responsabilidade dos próprios.

Thaís Dias

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