O que é o empreendedorismo social? / Arte por Moacir Alves

O que é o empreendedorismo social?

Imagine criar um negócio que soluciona um problema social ou ambiental, e ainda pode gerar lucro. Essa é a base do empreendedorismo social, que apresenta soluções de negócios viáveis e geram impactos positivos para a sociedade.

Baseado em um modelo independente de doações e/ou auxílio do Estado, essas organizações provocam impactos expressivos, seja em nível local ou global. Nesse tipo de organização, o lucro existe para a manutenção do negócio e não para beneficiar sócios e acionistas.

Para iniciar esse assunto é importante entender o que é o empreendedorismo social, e por que ele precisa de uma estrutura e princípios sólidos para funcionar.

 

O que é o empreendedorismo social?

O termo empreendedorismo social se refere a uma série de ações e iniciativas de inovação dirigidas à solução de problemas sociais. O seu objetivo é impactar e transformar socialmente a comunidade.

Esses empreendimentos atuam no combate à vulnerabilidade social de uma comunidade. Por conta disso, países marcados por problemas socioambientais, como o Brasil, são um campo fértil para o surgimento de modelos de negócios desse tipo.

Mas não confunda essa companhia com uma ONG, uma das diferenças é que as empresas sociais levam em conta a viabilidade econômica dessa solução. Ou seja, assim como um negócio convencional, é preciso que o empreendimento social seja rentável.

Além da necessidade de impactar comunidades, a visão sobre o lucro no empreendedorismo social também é diferente das de mais. E sobre esse assunto, existem duas linhas de pensamento:.

  1. A primeira defende que investidores de empreendimentos sociais não devem ter direito ao lucro. Em outras palavras, investidores poderiam recuperar só o capital investido e o lucro deveria ser 100% reinvestido na empresa para a ampliação dos benefícios produzidos pelo empreendimento. Corrente liderada pelo economista, ganhador do prêmio Nobel da Paz e pioneiro no tema empreendedorismo social, Mohammad Yunus.
  2. A segunda corrente, defende a distribuição do lucro entre os investidores seria permitida, porque isso possibilitaria a atração de novos investidores e recursos para a criação de novos negócios que busquem resolver desafios existentes no mundo. Ela foi criada pelos professores da Universidade de Harvard, Stuart Hart e Michael Chu.

 

Não há consenso sobre qual corrente seria mais correta, e hoje é possível encontrar organizações sociais que se comportam de acordo com a primeira e com a segunda linha. Apesar disso, todos eles têm em comum o foco no benefício da sociedade e não nos ganhos individuais.

 

Como funciona o empreendedorismo social?

De acordo com o Sebrae, os negócios sociais seguem algumas políticas comuns, como:

  • Trabalho em rede: o que significa criar parcerias que ampliem o impacto do negócio;
  • Combate ao trabalho escravo, forçado ou infantil;
  • Cuidado com a cadeia produtiva;
  • Preocupação e gerenciamento do impacto ambiental;
  • Alinhamento do negócio com políticas públicas.

A partir dessas diretrizes os negócios sociais geram alguns impactos positivos na sociedade, como:

  • Incluir grupos de baixa renda ou em vulnerabilidade social na cadeia produtiva;
  • Oferecer produtos e serviços de qualidade com preços acessíveis;
  • Aumentar o acesso das populações de baixa renda a oportunidades e atendimento de necessidades básicas (saneamento, alimentação, energia, habitação, saúde, educação, etc);
  • Oferecer produtos e serviços que promovam geração de renda entre as populações marginalizadas.

 

Qual é o impacto do empreendedorismo social?

Segundo levantamento da Ande Brasil (Aspen Network of Development Entrepreneurs), as empresas sociais têm movimentado cerca de US$60 bilhões no mundo e registrado um aumento aproximado de 7% ao ano.

No mundo, mais de 600 milhões de pessoas são impactadas por esse tipo de negócio e o Brasil está entre os 10 países do mundo com mais projetos na área, de acordo com relatório da Fundação Schwab, plataforma global de empreendimentos sociais.

 

Exemplos do Empreendedorismo social

Abaixo, conheça alguns exemplos de empreendimentos sociais brasileiros:

Hub de transformação digital para empreendedores negros que nasceu dos aprendizados de duas décadas de atividades da Feira Preta.  “A pretahub pensa a relação com a cultura, a economia e o empreendedorismo pretos, a partir de um olhar honesto e propositivo, entendendo seus papeis fundamentais na mudança estrutural de uma sociedade – e um mercado – que precisa absorver esta população não apenas em seus processos de consumo, mas no respeito à sua existência enquanto potência criativa e empreendedora.”

Desde 1991, a organização funciona com base em um sistema de gestão e atendimento que envolve pesquisadores de universidades, a iniciativa privada e a sociedade. O propósito do fundador, o oncologista pediátrico Antonio Sérgio Petrilli, é o combate ao câncer infantil no Brasil.

O Projeto Tamar é uma iniciativa que vem há mais de 40 anos lutando contra a extinção de espécies marinhas. Sua atuação é dividida em três linhas de ação: conservação e pesquisa aplicadas, educação ambiental e desenvolvimento local sustentável.

O Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP) é uma organização que tem como missão viabilizar o acesso universal à educação pública de qualidade. Sua atuação é local, estendendo-se por seis territórios no estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas.

 

Fonte 1

 

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